quinta-feira, 8 de março de 2012

Hereditariedade vs. Meio

     Na opinião do grupo, a hereditariedade e o meio não são realidades que se possam separar. São dois núcleos de uma realidade – o indivíduo – que interagem determinando o desenvolvimento do mesmo, nomeadamente ao nível orgânico, psicomotor, da linguagem, da inteligência, da afectividade, etc.
    

Hereditariedade
     O património genético do indivíduo define-se na sua singularidade morfológica, fisiologia, sexual (ser homem ou mulher). Na determinação do temperamento estão as variações individuais do organismo, concretamente a constituição física e o funcionamento dos sistemas nervoso e endócrino, que são em grande parte hereditários.
     O estudo de gémeos, um dos métodos usados para analisar o papel da hereditariedade, demonstrou que na generalidade é nas características da personalidade que se nota maior diferença entre ambos, em comparação com as semelhanças físicas e intelectuais.
     Nós herdamos um conjunto de genes provenientes dos nossos progenitores.
     Designamos por genótipo o património hereditário com que fomos dotados.
     Designamos por fenótipo todas as características fisiológicas e psicológicas que um indivíduo apresenta. O fenótipo corresponde à “aparência” do indivíduo, ao conjunto de características que resulta da interacção entre genótipo e o meio.
     O fenótipo é o resultado da acção concertada de dois factores:
- A informação genética;
- A influência do meio;
     O genótipo pode contribuir para a possibilidade de desenvolver membros longos e grande massa muscular. Contudo, a subnutrição ou a falta de exercício impedirão o desenvolvimento das capacidades atléticas.

Meio

     O meio social incluindo família, grupos e cultura a que se pertence, desempenha um papel determinante na construção da personalidade da pessoa. A personalidade forma-se num processo interactivo com os sistemas de vida que a envolvem: a família, a escola, o grupo de pares, o trabalho, a comunidade, etc.
     Uma personalidade é marcada por todo o processo de socialização em que a família, sobretudo nos primeiros anos, assume um papel fundamental, pelas características e qualidade das relações existentes e pelos estilos educativos.
     O tipo de ambiente e o tipo de clima vivenciados (gratificante, hostil, violento, harmonioso) também influenciam a personalidade.
     Assim podemos concluir que a hereditariedade proporciona potencialidades que precisam de um meio favorável para se desenvolver. Por exemplo, as crianças selvagens criadas entre animais sem contacto humano são incapazes de andar, falar e agir como seres humanos. Podemos também relembrar o caso de Genie, onde todas (o grupo) acreditamos que com uma educação diferente, ela não se teria desenvolvido daquela maneira extremamente limitada.


E qual é a tua opinião sobre este assunto?


     Imaginemos um jovem com 12 anos que pretende iniciar a sua caminhada para ser um atleta de alto rendimento na modalidade de basquetebol. O rapaz é baixo, com pouco volume muscular e não tem um “bom entendimento com a bola”. No entanto está disposto a treinar mais que os outros para um dia conseguir entrar numa equipa. Isto tudo com ajuda de grandes treinadores e bons colegas.
     Neste caso temos um rapaz que parece ter um meio indicado a ter sucesso, mas será que a sua hereditariedade lhe permitirá chegar ao nível que o mesmo pretende?
     Até onde achas que o meio o levará? Ou mesmo a que ponto é que a hereditariedade o levará ao fracasso?

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